Dilma agora é quem fala pelo governo.
Tomado pelo medo do escuro, o governo Lula sabe jogar. Resolveu, numa brusca marcha-ré, admitir a presença de Dilma nas comissões técnicas do Senado para dar explicação sobre o apagão de muitas mentiras e escandalosas explicações. Mas, como teme que a sua candidata seja contaminada pelo apagão, que a oposição explorará ao cansaço, em discursos e nos programas eleitorais produzidos para a televisão e rádio, o Palácio do Planalto tomou precauções. Estarão no Congresso, como escudeiros de Dilma Rousseff, nada menos de 18 pessoas (quem sabe se o segurança da ministra não terá vez?) a começar pelo ministro Edison Lobão, aquele que Lula perguntou “que porra é essa, Lobão?” e ele não soube responder “porra nenhuma”. O objetivo do Palácio é colocar muita gente para falar, de sorte que a Dilma caibam poucas palavras, caso contrário ela derruba o microfone, como quase o fez na sua estranha, nervosa, petulante e arrogante entrevista à imprensa. De resto, de tanto acompanhar Lula, já estou escrevendo “porra” além do que devo e do que me permito.